Glossário
INGREDIENTES BRASILEIROS, CULTURA NACIONAL
Na língua portuguesa, existem vários tipos de glossários, para níveis de curiosidades diferentes. Um deles é o que classifica e explica assuntos específicos, como técnicas e objetos utilizados por profissionais de determinadas áreas.
Aqui, nossa área é a culinária e os objetos são os mais saborosos ingredientes brasileiros. Por isso, a chef Morena Leite preparou com muito carinho um glossário com os principais alimentos usados em suas receitas, com uma rápida explicação de cada um deles.
FRUTAS
Fruta cítrica, é variedade do ananás encontrada em muitas regiões tropicais do mundo. Tem forma cilíndrica, alongada nas extremidades. Sua polpa é macia, doce e perfumada. Pode ser utilizado cru, em sucos e saladas de frutas, ou cozido, em doces, bolos e conservas.
A banana-da-terra também conhecida como banana-comprida ou pacovan é uma variedade de banana de grande tamanho. É achatada num dos lados, tem casca amarelo-escura, com grandes manchas pretas quando madura e polpa bem consistente, de cor rosada e textura macia e compacta, sendo mais rica em amido do que açúcar, o que a torna ideal para cozinhar, assar ou fritar.
A banana-nanica também conhecida como banana-caturra, tem casca fina e amarela-esverdeada (mesmo quando a banana está madura) e polpa bastante doce, macia e de aroma agradável. É um pouco menor do que a banana-da-terra.
Banana-ouro é a menor de todas as bananas, medindo no máximo 10 cm. A banana-ouro tem forma cilíndrica, casca fina de cor amarelo-ouro, polpa doce, de sabor e cheiro agradáveis. É também conhecida pelos nomes inajá, banana-dedo-de-moça, banana-mosquito ou banana-imperador.
É uma fruta da família da carambola e também é conhecida como limão-de-caiena, devido ao seu sabor azedo característico e pela forma com que chegou às terras brasileiras, entrou na Amazônia por Caiena, na Guiana Francesa. Ela é muito comum na Bahia e faz parte de muitos pratos da culinária regional.
É uma fruta originária da Ásia e da África tropical. Foi trazida pelos portugueses e tem forma estrelada, polpa suculenta e sabor agridoce. Sua casca é amarela e firme; sua polpa, amarela e translúcida. Madura, é doce e cheia de caldo. Pode ser consumida ao natural, em saladas ou sobremesas, ou na forma de doce, em pasta ou compota. É também utilizada como recheio de tortas ou guarnição de pratos.
Originária do Pacífico, foi trazida para a América do Sul pelos franceses, para a Guiana. É uma grande fruta redonda, de mais ou menos 18 cm de diâmetro, com casca verde rugosa. Pode ser cozida, assada, grelhada ou fervida e servida como um prato salgado ou doce.
Também chamada de guaiaba ou guaiava, na Bahia é ainda conhecida como araçá. Apresenta diversas variedades, que diferem na cor da polpa (branca, amarela e vermelha) e tamanho. Com formato oval, é carnuda, saborosa e doce. Pode ser consumida ao natural ou na forma de sucos, geleias e doces.
Fruta originária do Peru e da Colômbia. Tem forma ovalada, casca verde escura e espinhenta, polpa branca e pode chegar a pesar 2 kg. Seu sabor delicado lembra uma mistura de abacaxi e banana. Apresenta propriedades antitérmicas e expectorantes. É mais utilizada na forma de suco e sorvete. Encontra-se bastante no Nordeste do Brasil.
Fruta pequena e redonda, de casca negra, lisa e brilhante e com uma polpa esbranquiçada, muito saborosa. Nasce ligada ao tronco da árvore. Pode ser consumida ao natural ou na forma de doces, geleias e licores.
Fruta nativa da Índia, de formato ovoide, tem casca cheia de pequenos bicos e polpa mole, cremosa, amarelada, bastante aromática e saborosa. Existem três tipos de jaca: mole, dura ou manteiga. Pode ser consumida ao natural ou em forma de doce em calda.
Também chamado limão-rosa, é semelhante a uma tangerina no formato, porém mais avermelhado na cor. Tem sabor mais ácido que azedo, sendo mais empregado na limpeza e tempero de carnes e peixes do que em sucos e doces.
Fruta originária do Sul da Itália, maior do que os limões comuns. Tem muito suco e é também bastante perfumado. Sua casca tem cor amarelo-esverdeada e é muito utilizada na culinária, na forma de raspas. O sumo é bem ácido e ótimo para fazer suco, temperar peixes e saladas.
Tem casca grossa e verde. Não possui sementes. É o limão mais comum no Brasil. Sua casca ralada é utilizada em bolos e cremes, seu suco é usado para temperar pratos salgados e fazer um delicioso refresco.
Fruto tropical e que existe em muitas variedades. Tem tamanho variado, é ligeiramente ovalada, com um lado mais pontudo. Sua casca é grossa, geralmente num verde desigual, com nuances de amarelo, marrom ou mesmo vermelho. Sua polpa é sempre de um amarelo vivo. Muito saborosa e doce, pode ser consumida ao natural, na forma de suco, de sorvetes, pudins, compotas, chutneys, suflês, em saladas de frutas ou acompanhamento de um prato salgado.
É uma fruta vermelha, tem sabor agridoce acentuado, tamanho pequeno e caroço achatado. Apresenta o formato de uma baga com oito sulcos longitudinais. Pode ser consumida ao natural, em sucos e batidas ou em geleias.
Fruto com casca dura e marrom. Sua polpa doce e ácida é usada em doces, refrescos e sorvetes. É utilizado também em cozidos e molhos da cozinha asiática.
É uma fruta que tem a polpa muito delicada, com a casca bem fina, de um amarelo-ouro ligeiramente aveludado. O aroma é suave e muito agradável. É muito apreciada para o consumo na forma de sucos, razão pela qual é largamente cultivada em pomares domésticos.
RAÍZES
É também chamado de mandioca, mandioca-mansa, mandioca-doce ou macaxeira. É uma raiz comestível de casca marrom, fibrosa e de polpa branca e dura. Empregado em pudins, bolos, purês, cozido com carnes, aves ou frutos do mar, pode ser também frito ou cozido em água e sal e temperado com manteiga. Existem dois tipos de aipim: o amarelo e o branco.
Raiz de textura semelhante à batata comum, mas de polpa doce. Existe em diversas variedades, sendo as duas mais conhecidas a branca e a roxa. A branca tem casca e massa de cor creme e não é muito doce, ficando seca e quebradiça depois de frita. A roxa torna-se mais doce e macia depois de cozida. Podem ser cozidas, assadas ou fritas, sendo também empregadas no preparo de doces.
Tubérculo rico em amido muito saboroso. Sua casca é grossa e a polpa é branca. Em alguns lugares é conhecido como inhame. O cará é consumido sempre na forma cozida, após a retirada da casca. Pode substituir a batata em vários pratos como sopas, caldos, purês e refogados. Também pode ser usado na forma de pão, bolo, creme, biscoito, pirão, panquecas e tortas.
É uma planta tropical semelhante ao junco, cuja raiz é usada como especiaria. É nodosa e coberta por uma casca bege. Quando nova tem a casca fina e clara e consistência suculenta e tenra. De sabor forte, adstringente e levemente picante, a raiz pode ser usada em pequenos pedaços, em fatias ou ralada. É encontrada também em pó, em conserva doce ou salgada, ou forma de cristais. Pode ser empregada em molhos, picles, chucrute, bolos, bebidas quentes como quentão, doces e peixe cru.
É um tubérculo marrom, de polpa clara. No Nordeste brasileiro, é consumido no café da manhã, cozido em água e sal, e temperado com manteiga e açúcar, em substituição ao pão. Com ele, prepara-se um pirão que acompanha o bobó de camarão. No Rio de Janeiro e em São Paulo, é conhecido como cará e, no Rio Grande do Sul, como taiá.
É uma raiz de cor amarela, também chamada de batata-baroa. É utilizada cozida, assada ou frita. Com ela, preparam-se sopas, purês e cremes. Levemente adocicada, tem consistência macia e cremosa, sendo ótimo acompanhamento para aves e carnes.
CASTANHAS
Parte comestível da noz da amendoeira. Existem dois tipos: a doce e a amarga. A amêndoa doce é a mais usada. Com ela preparam-se doces, marzipãns e bolos. Em pequenas porções, utiliza-se a amêndoa amarga para aromatizar, pois, em maiores quantidades, ela se torna venenosa para o organismo. As amêndoas podem ser encontradas com ou sem casca, com ou sem pele, divididas ao meio, em lascas, lâminas, torradas, pasta ou moídas. Seu uso culinário é bastante amplo e difundido, podendo ser empregadas tanto em pratos doces como em salgados. Quando salgadas, servem também como aperitivo.
Nome comum de um tipo de noz com duas sementes juntas, numa vagem de forma característica, seca como palha e de cor pálida. As sementes são envoltas por uma pele marrom-avermelhada. De sabor forte, sobressai quando misturado a outros frutos secos. Pode ser utilizado cru ou cozido, usualmente assado e salgado. Bastante utilizado com ingredientes complementares da culinária baiana, pode-se empregá-lo, ainda, em bolos, sorvetes, cremes, tortas e como tira-gosto. Altamente oleoso, seu óleo é aproveitado na cozinha ou como ingrediente da manteiga de amendoim.
O caju é composto de duas partes: uma carnosa, conhecida popularmente como fruta mas que, na verdade, é apenas um pedúnculo hipertrofiado; a outra parte, chamada castanha, é que é a verdadeira fruta do cajueiro. A castanha pode ser salgada e utilizada como aperitivo. Pode ser moída, grossa ou fina e ser utilizada em pratos doces e salgados, como biscoitos, sorvetes, tortas, saladas etc.
As sementes são uma iguaria cada vez mais apreciada e muito nutritiva, embora a dureza do fruto dificulte sua obtenção. O gosto da amêndoa do baru é parecido com o do amendoim. O preparo das amêndoas para consumo é simples. Depois de tiradas da polpa, é só torrar. Podem ser consumidas sozinhas ou usadas no preparo de pé de moleque, rapadura e paçoca.
É uma noz ou semente proveniente de uma enorme árvore nativa do Brasil. São, pelo menos, 32 castanhas em cada fruto dessa árvore. Sua casca é bastante grossa e dura, e a parte comestível, rica em óleo. Seu sabor é suave e amanteigado. Empregada principalmente em doces, entra também no preparo de saladas, risotos, etc.
É a semente comestível da pinha do pinheiro-do-paraná. Fruto típico do inverno, pode ser comido apenas cozido em água e sal ou na forma de um doce em pasta.
É a castanha de caju torrada e triturada, como uma farinha grossa. É utilizada para decorar bolos, como cobertura para sorvetes, recheio de bombons, etc.
LEGUMES E VERDURAS
Por trás da casca verde-escura, o fruto esconde um interior rígido e de cor laranja intenso, repleto de sementes emaranhadas à sua polpa fibrosa. Versátil, o seu sabor adocicado é perfeito para o preparo de sopas, cozidos, croquetes, massas frescas, pães ou então uma simples salada. Além disso, a pouca umidade torna a kabochá um ingrediente ideal para ser usado no tempurá, junto com diversos legumes como a cenoura, berinjela, cebola, vagem e batata-doce.
Ela é a maior das abóboras chegando a pesar 15 kg, com casca verde escura com rajadas alaranjadas, mas algumas tem a casca toda alaranjada. Essa abóbora é fibrosa e bem úmida, sendo ótima para pães, doces, salgados e também em saladas quando ralada fininha. Essa é sua escolha caso queira um doce de abóbora igual ao da vovó.
Da família das gramíneas, existe em diversas variedades como a crioula ou mirim, a caiena ou bourbon, a amarelinha etc. Espremida, a cana fornece a garapa, caldo de cor esverdeada e sabor doce. Da garapa obtém-se, por evaporação, um xarope ou melado, que é a base dos diferentes tipos de açúcar. O resíduo da fabricação do açúcar é o melaço, que, através da fermentação, transforma-se em rum e, por meio da destilação, origina a cachaça e o álcool.
Também conhecido como capim-limão, erva-príncipe, capim-cidreira, dentre outros nomes. Comumente há confusão dessa planta com a erva-cidreira, que também é conhecida por melissa. O capim-santo é especialmente usado para preparar chás e infusões. Tem uso medicinal, cosmético e culinário, sendo suas folhas tenras usadas em saladas, em pratos típicos vietnamitas e tailandeses, assim como em sopas, carnes de frango e peixe. As folhas maiores, como são muito fibrosas, não são consumidas. Utiliza-se apenas as mais tenras e jovens. Além disso, seu óleo essencial é acrescentado a receitas de doces, pudins, assados, carnes e a outros óleos.
Fruto de uma palmeira da Amazônia, a pupunheira é da família das palmáceas. O fruto é grande, de casca amarela ou vermelha, com polpa branca doce. Tem alto valor nutritivo. Comido sempre cozido, pode ser preparado na forma de doce, em pasta ou apenas envolvido no mel, ou salgado como acompanhamento para carnes. O sabor é uma mistura de castanha europeia com alcachofra.
Também conhecida como pimenta-rosa, é muito confundida com a pimenta-do-reino rosa, embora tenha aroma e sabor totalmente diferentes. Encontra grande aplicação na cozinha da região do Mediterrâneo, onde é usada como tempero em pratos à base de peixes. Também a culinária japonesa valoriza sua bela aparência, muitas vezes a utiliza apenas como ornamento, sobretudo em saladas.
É uma das pimentas mais consumidas no Brasil, onde também recebe o nome de chifre-de-veado e de pimenta-vermelha. Quando seca e picada, é conhecida como pimenta calabresa. Seus frutos são alongados e intensamente vermelhos. Sua picância, que varia de suave a mediana, torna-a adequada para temperar qualquer prato, desde saladas, molhos, feijão a aperitivos e carnes.
É uma planta resistente, que atinge cerca de 45 cm de altura, tem folhas rugosas de cor verde-acinzentada e flores azuladas, púrpuras ou brancas. É encontrada fresca ou seca e pode aromatizar quase tudo: carnes, aves, peixes, vegetais, saladas, ovos, queijos, marinadas. Dá um sabor especial à sopa de alho, quando colocada fresca e picada em sua superfície, ao servir. Também fica excelente em pastas de queijo.
É um vegetal de folhas verde-escuras comestíveis. Muito saborosas quando refogadas, é ingrediente fundamental do prato baiano efó. Seus rizomas também são comestíveis e, depois de cozidos e amassados, servem como ingrediente para doces.
AVES
Ave africana originária da Guiné. É parente da galinha e da codorna. Sua penugem é cinza com pequenas pintas brancas, e sua carne é escura e seca. Com tamanho e sabor similar próximo ao de um faisão.
Ave galinácea de bela plumagem. A fêmea é sempre mais gorda e tem a carne mais tenra e saborosa que a do macho. Além de assado, pode ser preparado cozido ou ensopado, inteiro, recheado ou desossado. Em qualquer dessas maneiras de preparo, é preciso prestar atenção ao cozimento para que a carne não fique ressecada.
CARNES
Conhecida também como charque, carne do ceará ou jabá, tem uma salga mais forte. Pode ser seca também ao sol e ao vento ou através de estufas apropriadas. Contém apenas 10% de água. Colocada em água para dessalgar, perde grande parte de suas substâncias nutritivas. É muito utilizada, principalmente, no Nordeste do Brasil. No Sudeste entra no preparo de feijoada.
Nome dado a um corte de carne retirado do lombo, acompanhado do osso. Tem menos carne e mais osso do que as bistecas. Pode ser de porco, cordeiro, de boi, cabrito. Deve ser grelhada, assada ou frita.
Carne bovina muito macia, que se localiza ao longo do dorso do animal e pesa aproximadamente 2 kg. Corte mais caro do boi, não apresenta nervos, gordura ou osso. Própria para bifes, medalhões, rosbifes e picados.
É a carne do bovino novo, entre 1 e 12 meses de idade, é muito tenra e de sabor suave. Há dois tipos de vitela: a de leite, abatida com idade entre 15 e 20 dias, e a de confinamento, abatida entre os 4 e os 12 meses. A carne é rosada, úmida, pouco gordurosa. Quando proveniente de animais muito novos, pode ter um leve cheiro de leite. É encontrada em diversos cortes: pá, carré, costelinhas, pernil, peito. Pode ser utilizada em ensopados, assados.
LATICÍNIOS
É uma conhecida marca brasileira de requeijão. Muito embora catupiry não seja um tipo de requeijão, devido a sua popularidade a palavra passou a ser sinônimo de um requeijão muito cremoso, usado como complemento em variadas receitas da culinária brasileira, além de pizzas e pastéis. Entre as décadas de 20 a 80, a embalagem era uma caixinha redonda, com tampa, feita artesanalmente – uma a uma, de uma folha fina de madeira. Já na década de 1990 a embalagem passou a ser de plástico e apareceram as bisnagas e os baldes vendidos às pizzarias.
Leite cru, talhado, que ficou abafado por 24 ou 48 horas. Geralmente é obtida com a adição de renina ao leite. Pode ser consumida ao natural, pura ou acompanhada de açúcar, ou ser utilizada como ingrediente de diversos pratos. É muito utilizada na culinária libanesa, na qual recebe o nome de laban. Encontra-se fresca, cozida e seca, misturada com azeite. Entra como ingrediente em um grande número de pratos árabes e também serve de acompanhamento para entradas, sopas e quibes.
O queijo canastra é um tipo de queijo brasileiro, originário de Minas Gerais. O clima, a altitude, os pastos nativos e as águas da Canastra dão a esse queijo um sabor único: forte, meio picante, denso e encorpado. O queijo Canastra deve ser consumido curado ou meio curado, com pelo menos uma semana de maturação. Com o passar dos dias, ele adquire uma bela cor dourada e vai enrijecendo de fora para dentro. É boa companhia para uma cerveja gelada, uma cachaça ou um vinho tinto. Também é consumido fresco, com até 4 dias, quando se mostra branco e parecido – e até confundido – com o tradicional queijo Minas industrializado. O canastra estraga se ficar fechado mais de um dia em sacos plásticos. Na geladeira, fica ressecado.
Queijo com textura de pasta cremosa, feito com leite de vaca integral, coalhado e cozido, normalmente vendido em copos. Tem sabor muito suave.
Queijo de massa amarela e firme, gorduroso, típico do Norte e do Nordeste do Brasil – também conhecido como queijo manteiga, feito de leite integral, coalhado pela ação do calor. Serve-se ao natural ou frito, acompanhado de açúcar e canela. É também ingrediente para pratos doces e salgados.
Queijo macio, sem sal ou quase sem sal, fresco ou defumado, muito usado em pastas, tortas, doces e recheios. É elaborada à partir do soro e não do coalho do leite. Sua textura é fina e seu sabor, extremamente suave. A ricota permanece firme durante o cozimento, mantendo sua forma, constituindo um excelente recheio para massas que ainda vão sofrer a ação do calor.
PEIXES E FRUTOS DO MAR
Embora que o termo aratu seja uma designação comum a diversos caranguejos, costuma remeter mais especificamente ao caranguejo de carapaça quadrada e acinzentada, capaz de subir com habilidade nas árvores do mangue, onde se alimenta e se acasala. Tal espécie também é conhecida pelos nomes de aratu-da-pedra, aratu-marinheiro, aratupeba, aratupinima, carapinha e marinheiro.
Peixe com duas grandes asas carnosas, de carne muito saborosa. Para prepará-la, deve-se retirar a pele e partir a carne em pequenos pedaços, que serão cozidos ou fritos. Pode consumir-se também o seu fígado.
Encontrado no Atlântico e no Mediterrâneo, em águas temperadas, é um peixe enorme, da mesma família da cavala. Sua carne é densa, vermelho-escura, de textura firme e moderadamente gordurosa, sem apresentar o costumeiro sabor de peixe. Pode pesar de 5 kg a 100 kg. Pode ser encontrado fresco ou congelado, havendo diversas maneiras de prepará-lo. É vendido também em lata, sólido ou ralado.
Bacalhau não é um peixe, mas vários. Cinco espécies marinhas podem ser vendidas com esse nome. Existe, porém, o chamado “bacalhau legítimo”: o peixe Gadus morhua, considerado o melhor de todos. Ele também é conhecido como cod ou bacalhau do Porto. O bacalhau demora alguns meses para estragar devido ao processo de salga. O peixe absorve muita água e ganha cerca de 20% do seu peso após ficar de molho por um ou dois dias – o tempo de dessalgação depende do tamanho dos pedaços de bacalhau. Além do mais, o sabor forte do bacalhau se destaca mesmo em pratos que levam pouco peixe e um montão de batatas, por exemplo.
Peixe muito comum nas costas brasileiras, com pelo menos seis variedades: o bicudo, o branco, o sabão, o ferro, o miro e o preto. Sua coloração vai de pérola ao chocolate escuro, passando pelo esverdeado. De carne muito delicada e que se deteriora facilmente, deve ser utilizado bem fresco. Pode ser consumido inteiro ou em postas, assado, frito ou ensopado.
É um peixe que possui carne macia e saborosa, com teor de gordura médio. É utilizado no preparo de sushi e sashimi, mas fica muito saboroso grelhado (teppan-yaki).
Na culinária do Norte e do Nordeste, é o camarão que foi salgado. Na Bahia, é o que foi defumado. São usados geralmente camarões de tamanho pequeno, que adquirem uma cor avermelhada. Seu sabor fica bastante acentuado e pode ser usado inteiro ou moído. Entra na maioria dos pratos da culinária baiana.
Crustáceo considerado, no mundo todo, como o melhor dos frutos do mar. Pesa em torno de 800 g, podendo, entretanto, chegar a 1,5 kg. Sua carapaça é de um esverdeado escuro, quando crua, tornando-se um vermelho brilhante depois de cozida. Tem grandes garras e cinco pares de pernas. Sua carne branca, levemente rosada, apresenta sabor delicado.
Molusco marinho, presente na maioria dos pratos de frutos do mar. Tem uma concha interna, ao longo do corpo, chamada siba ou pena. Sua carne apresenta textura firme e sabor característico. Depois de limpa, pode ser utilizada inteira, para ser recheada, ou cortada em anéis. É preparada ensopada, em moquecas, ao vinagrete ou na forma de risoto. É facilmente encontrada fresca ou congelada.
É um peixe da família dos Esparídeos, de água salgada e tropicais, comum no sudeste brasileiro, especialmente, na altura do estado do Espírito Santo. Tem o dorso avermelhado com manchas azuladas. O pargo é muito apreciado por sua carne saborosa.
Molusco marinho, com cerca de meio metro, que tem oito longos tentáculos. Por sua dieta rica em crustáceos, sua carne se torna extremamente saborosa, embora elástica. Os mais jovens e menores são mais macios. Precisa de cozimento lento, previamente, antes de se iniciar o preparo do prato.
Peixe de água salgada da região tropical. Apresenta diversas variedades. Tem coloração cinza, com barriga e lados brancos. Sua carne é clara, delicada e suculenta e é muito apreciado assado ou cozido.
Peixe encontrado nos rios brasileiros, tem o corpo avantajado, cor amarela com pintas e faixas escuras e cabeça achatada. De carne delicada e saborosa, pode ser utilizado assado, cozido ou defumado, em lâminas.
Peixe amazônico semelhante ao tambaqui, tem 60 cm de comprimento e coloração prateada, com faixas transversais. Sua carne é saborosa, pouco gordurosa e rica em elementos nutritivos.
São moluscos bivalves de carne branca e existem em duas variedades: a mediterrânea e a atlântica. Muito semelhantes no formato, eles variam apenas na coloração. Ao contrário das ostras e mexilhões, que são comidos por inteiro, nas vieiras só é aproveitado o miolo branco e arredondado, além do coral. As vieiras vivem nas areias e se locomovem abrindo e fechando a concha.
ESPECIARIAS
É uma mistura de especiarias composta por pimenta malagueta, coentro, mostarda, pimenta-do-reino preta, feno-grego, gengibre, cúrcuma, canela e cravo. Pode ser utilizado com carnes, peixes, vegetais, leguminosas secas, ovos.
Era utilizado há milênios, na Índia, para a preparação de perfumes e como tempero. Estão disponíveis inteiros ou moídos e podem ser usados em doces de compota, pudins, bolos, pães, vinha-d’alhos, peixes, quentões, molhos, chutneys.
É uma casca retirada dos ramos finos de uma árvore. É uma das especiarias mais versáteis e conhecidas. A canela inteira é usada para picles em conserva, pratos com maçã, ameixas assadas, abricó e outras frutas secas, no cozimento de alguns legumes, em chocolate quente, vinho, compotas de frutas e como mistura para certas bebidas. A canela moída ou em pó é usada no preparo de pão doce, chocolate quente, bolos, tortas de maçã e banana.
Cresce em uma bela árvore e tem a forma de uma estrela de oito pontas, com um grão castanho do centro da cada braço da estrela. Deve ser utilizado seco e em pequena quantidade, pois é tóxico. De modo geral, aromatiza peixe e frutos do mar, pães e biscoitos, doces, geleias e gelatinas. É também muito usado em licores.
É um tempero de perfume e gosto delicados e característicos, que funciona como eficiente corante. São utilizados apenas os pistilos da flor, sendo necessárias cerca de 150 mil flores para se conseguir 1 kg de pistilos. Essa é a razão do seu preço tão alto. O verdadeiro açafrão é muito confundido com o açafrão-da-terra ou cúrcuma, que é uma raiz amarela e é normalmente encontrada em pó.
OUTROS
Azeite extraído do coco do dendê, palmeira de origem africana, comum na Bahia. Muito utilizado na cozinha baiana em todos os pratos de origem africana. O dendê de alta qualidade, refinado, translúcido, e livre de impurezas é conhecido por flor-de-dendê, azeite-de-flor ou dendê-de-flor.
Destilado brasileiro feito do caldo da cana-de-açúcar. Seu processo passa pelas etapas de moagem da cana, fermentação do mostro, decantação e destilação. Ela adquire sabor e cheiro depois do envelheciento em tonéis de carvalho, bálsamo e vinhático.
A linhaça é a semente do linho, muito utilizada em culinária. É preferível que se consuma sem casca, triturada, para melhor aproveitamento do seu alto valor nutritivo, pois é rica em fibras, ácidos graxos e proteína. Além disso, dela se extrai o óleo de linhaça, que é rico em ômega 3, ômega 6 e ômega 9. Devido ao seu alto valor nutritivo é considerado alimento funcional.
Mel obtido da cana-de-açúcar, pela fervura do caldo de cana. É um subproduto do açúcar. De consistência espessa e cor escura, emprega-se em bolos, pudins, docinhos ou para comer com queijo de coalho. Conhecido desde os tempos coloniais, bastante comum no Nordeste, é também chamado mel de engenho.
A quinua é um cereal que contém várias propriedades benéficas à nossa saúde. O grão é tão nutritivo que foi qualificado como o melhor alimento de origem vegetal para consumo humano pela Acadêmia de Ciências dos Estados Unidos. Esse cereal pode ser utilizado de diversas maneiras: cozido e temperado como salada, preparado como arroz, e pode ainda ser utilizado no preparado de sopas, etc. Pode-se utilizar também a farinha de quinua para o preparo de mingau, pães, pudins, massa de panqueca, bolos, biscoitos, entre outros .
Farinha derivada da goma de mandioca. Quando a goma é aquecida em um tacho quente, transforma-se em pequenas bolinhas, que são a tapioca. Com elas, são feitos pudins, cremes, cuscuz e sopas. É também o nome dos beijus do Ceará, feitos de farinha de tapioca e coco ralado, enformados em aros de metal e assados sobre uma chapa de ferro.